Na quarta feira (06/04) após os professores deflagarem greve contra as medidas adotadas pelo governo da Bahia, os estudantes de Geografia da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), começaram um trabalho de mobilização intensivo para uma assembléia na quinta feira (07/04). Através dos canais de informação disponiveis, conseguiram transmitir a mensagem da assembléia do curso de Geografia.
Na manhã desta quinta feira, após discurssão sobre as medidas adotadas pelo governo, e a atitude dos professores, os alunos deliberaram por PARAR AS ATIVIDADES ACADÊMICAS (pesquisa, ensino e extensão), e coligar com os professores no intuito de unificar a luta em pró da revogação do Decreto 12.583, revogação da portaria 001/2011 e defesa das reivindicações estudantis dos estudantes da UESC.
Após a assembléia, os estudantes de dirigiram para o CEU onde tinham a intenção de participar, de uma possível assembléia estudantil convocada pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE), assembléia esta que não ocorreu. O DCE justificou que não há tempo hábil previsto pelo Estatuto para convocar uma reunião em menos de 48 horas. E nem havia a possibilidade de convocar um Conselho de Entidades de Base (COEB), pois segundo o estatuto esse só podia ser convocado com 4 dias de antecedência.
Simultâneamente à esse impasse, os estudantes de História, decidiram também em assembléia, que suas atividades acadêmicas estão PARALISADAS EM REPÚDIO ao Governo do Estado da Bahia, e apoio a causa dos discentes e docente das UEBA. Com isso, os dois cursos (Geografia e História), encaparam as reivindicações docentes e discentes, e com o forte apoio de alguns estudantes de Quimica, Biologia e Física, conseguiram articular uma manifestação, fazendo passagens em sala, alertando a todos sobre a necessidade da mobilização estudantil na UESC para os estudantes poderem tomar um posicionamento coletivo. Essa manifestação coletiva desses poucos estudantes culminou em uma "assembléia estudantil" realizada às 17 h no CEU.
Dentre os encaminhamentos, os estudantes ficam de hoje em diante mobilizados para participação efeitva de atos de repúdio às deliberações governamentais do Estado da Bahia, que além de ferirem a autônomia da Universidade, faltam com respeito a Classe docente, discente e dos funcionários.
"Não se deve contar com a minoria silenciosa, pois o silêncio é algo frágil. Um ruído alto... e está tudo acabado. O povo está amedrontado e desorganizado demais. Alguns tiveram a oportunidade de protestar, mas foram como vozes gritando no deserto. O Barulho é Relativo ao Silêncio que o Precede. Quanto Mais Absoluta a Quietude, Mas Devastadoras as Palmas." (V. de Vendetta)
Nenhum comentário:
Postar um comentário