Mobiliza, Geografia da UESC
"Tudo nos é dado só nos falta fé"
Mato Seco
Atenção geógrafos e geógrafas da UESC. Neste momento de crise eminente no ensino superior, quero aqui expressar um pouco desse mar de utopias e ideias que tem envolvido meus pensamentos ultimamente. Antes de tudo, é prudente nos situar dos nossos interesses comuns - aspirantes a bons profissionais; cidadãos conscientes e politizados; condições materiais de sobrevivência estáveis dentre outros. A ciência na qual nos apoiamos para lograr dessas pretensões é a geográfica, e essa em seu bojo não é uma ciência inerte e estagnada no tempo-espaço, pelo contrário, Geografia pressupõe movimento, transformações e posicionamentos(s) político. Dessa forma, temos, ou melhor, devemos utilizar todo o conhecimento acumulado por esta ciência em prol de melhorias na atual conjuntura educacional tanto em nível nacional quanto local, de modo que as mudanças operadas nessa estrutura social contribuam para a redefinição do mapa atual das desigualdades sociais e o nosso saber consolide-se como instrumento modificador da realidade social. Aliando-se o conhecimento geográfico ao de outras ciências, universidades, professores e membros sociais potencializa-se a possibilidade de obter uma concepção e intervenção mais eficaz no que diz respeito ao quadro educacional superior baiano.
Eu não vislumbro oportunidade mais adequada a nossa interferência do que essa que se oferece aos nossos olhos. Diante de um decreto que fere profundamente a autonomia das universidades baianas (em nome da reprodução capitalista), portanto nós, a nossa mobilização deve ser sistemática e estruturada em argumentações bastante elucidadas, para então reivindicar a revogação de tal decreto. O impedimento na: contratação de professores substitutos; liberação de verba para custear alimentação, passagens e hospedagens de professores convidados para eventos; liberação de ônibus para participação em quaisquer tipos de atividades (Pesquisas, Aulas de Campos, Congressos etc), além da “regulação” na administração da verba das Universidades Baianas atinge profundamente o nosso curso de Geografia, haja vista que as medidas adotadas impõem-se em um momento no qual se inicia a estruturação de evento (EBEGEO) sediado pela UESC, há necessidade quanto a contratação de professores substitutos e aulas de campo nas disciplinas importantes do curso surgem. Nesse sentido, conclamo-os a estabelecer aqui nesse Blog um canal participativo e informativo a respeito do andamento da greve tanto na UESC quanto nas outras Universidades da Bahia e mediador de debates ricos em ideias/sugestões/argumentos que colaborem no avanço das possíveis interferências modificadoras desse deprimente panorama educacional baiano. A força e o peso desse movimento estudantil – do curso de geografia, sobretudo – têm de se expressar nesse momento austero, para que então possa repercutir em posteridade na mudança da atual estrutura sócio-espacial, tal almejada por nós geógrafos.
“Não tente encontrar respostas
Neste mundo ainda tão primitivo
Tão confuso e injusto
Espalhe o amor e o melhor de si
a todos, mudando a si mesmo
você muda o mundo aos poucos”
Tribo de Jah
Texto Escrito por Ricardo
Discente do 3° Semestre de Bacharelado em Geografia - UESC
Enviado à redação deste blog no dia 13/04/2011
Nenhum comentário:
Postar um comentário