sábado, 9 de abril de 2011

GREVE na UESC, e agora na UEFS também!



     Na universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), foi aprovada em assembléia - realizada pela ADUFS na ultima quinta feira (07/04) - greve por tempo indeterminado. Esta Instituição de Ensino Superior, junta-se agora a UESB e UESC, e possívelmente a Universidade do Estado da Bahia (UNEB), também irá paralizar suas atividades, generalizando assim a greve para as 4 universidades Estaduais da Bahia. Essa greve está ocorrendo em função do decreto 12.583/11 e da Portaria complementar 001/11, que dentre outras medidas congela os salários dos professores até 2015.

É fato que muitos estudantes ainda não sabem sobre o que se trata o decreto. Já postado anteriormente aqui no blog, resolvi fazer alguns comentários em cima das resoluções desse ultraje imposto pelo governo Wagner.

1°) O Decreto fere a autonomia das universidades pois "regula" a maneira como estas devem gerir seus Gastos. Impede que seja liberada verba que vá subsidiar a participação de estudantes e professores em congressos, simpósios (dentre outros eventos acadêmicos), como também impede a realização desses eventos nas UEBA


2°) O Decreto contingencia as verbas no serviço publico estadual, e impede a contratação de professores substitutos em caso de afastamento para cursos de pós graduação;
3°) O decreto acaba com as promoções e progressões na carreira de professor, além da redução das despesas com contratações pelo REDA;


4°) O Decreto impede a renovação de contrato de funcionários;

5°) Impede a liberação de ônibus pra participação em quaisquer tipos de atividades (Pesquisas, Aulas de Campos, Congressos, etc), ou seja, em cursos como geografia, agronomia, biologia, que as aulas de campos são parte OBRIGATÓRIA na grade curricular, teremos uma formação deficiente;

6°) O Decreto impede a liberação de verba para custear alimentação, passagens e hospedagens de professores convidades, ou seja, quem tinha banca pra ser avaliado agora nao poderá mais, a não ser que tire dinheiro do próprio bolso para pagar a vinda dos professores;

7°)  As bolsas de auxilio permanência, antes paga a alguns estudantes, agora será cancelada ou paga com atrasos, destoando totalmente da sua proposta de criação

8°) Em caso de demissão de algum professor, não havendo dentro da universidade professor que possa se ocupar da nova disciplina, os estudantes terão que passar por uma "seleção", e ministrar aulas gratuitamente no lugar desse docente;

9°) O Decreto congela o salário dos servidores públicos da educação até 2015, fora o fato que não garante nenhum reajuste salárial;

10°) O Decreto manda racionar gastos na universidade, e a maneira que a UESC encontrou de fazer isso foi cortando água e luz, em alguns pavilhões, algumas salas de aula estão sem luz à noite (e com isso algumas turmas tem de deslocar pelo campus à procura de uma sala de aula vazia)!

Estudantes, agora vocês terminaram de ler 10 motivos que justificam o estado de greve em que se encontram Professores, Estudantes e Funcionários. Reflitam bem, pois a qualidade de ensino aqui está em jogo. Não se mobilizar e nem se manifestar quanto à gravidade dessa situação, é jogar fora anos de luta dos estudantes contra a ditadura militar afim de garantir nosso direito à democracia, a uma universidade pública, gratuita e de qualidade. Não coligar nessa luta junto aos professores e funcionários, é jogar fora toda luta pela Estadualização da nossa universidade, que antes era privada! Não nos movimentar agora, é abraçar com carinho toda apatia e precarização das Universidades Estaduais, é se tornar um profissional desqualificado para o cargo que se pretende ocupar, é tornar-se um anônimo sem sem postura politica, para poder defender nossos interesses em pró do coletivo!


Abraços!

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